quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MEU CORAÇÃO VAGABUNDO;


Não me leve a mal, mas definitivamente possuo o desejo intrínseco e gritante de ter um coração vagabundo.
Diria que além de desejo é necessidade.
Aquele que não perde tempo amando (gostanto, apaixonando-se) por alguém que não seja um familiar, um amigo, ou a si próprio.
Qualquer que fosse o pensamento de Cazuza quando escreveu que o amor é o ridículo da vida, concordo sem nenhuma objeção.
Realmente o amor nos torna ridúculos, capazes de sentir uma alegria incontida ou uma dor quase insuportável.
Amar é idiotisse, é bobagem.
Desejo um coração vagabundo, simplesmente porque o meu me torna debilmente volúvel e desobediente a razão.
É alheio a minha própria vontade, inconveniente.
Acentua a minha prática já exacerbada de ações impensadas, meus desvaneios.
Me amarga as vezes de ciúme, as vezes de falta, ou qualquer sentimento que signifique roubar a minha paz.
Tem personalidade própria, é ignorante.
Escolhe errado... sempre.
Como diria mais uma vez o poeta, é um constante contentamento descontente.
Mas agora não estou afim de poesia.
Eu só desejo um coração vagabundo, bohemio, indiferente, já que o meu é meu mal, é minha dor e minha loucura.
(barbara bittencurt)

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