sábado, 20 de novembro de 2010



A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar

(Rubem Alves)

"E você me olha com essa carinha banal de "me espera só mais um pouquinho". Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta."


(Tati Bernardi)
“E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir.Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda”.

(Caio Fernando Abreu )
“Tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco. É que vezenquando dá uma saudade na gente dessas coisas. São todas coisas simples. Meio bobas, muito bonitas.” Caio Fernando Abreu.



Tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco. É que vezenquando dá uma saudade na gente dessas coisas. São todas coisas simples. Meio bobas, muito bonitas.”

 Caio Fernando Abreu.
“O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão mais inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixão.”

Clarice Lispector.

Diário Secreto.



Cada vez que eu me lembro, dos momentos de emoção em que passamos juntos eu sofro,eu choro. E revendo o meu diário eu recordo que você me enganava. Dizendo: o nosso amor não vai morrer. Paginas que me trazem o passado, quase um sonho que acalentei. Agora vejo então, que tudo o que passei foi ilusão.  paginas amassadas e marcadas, pelo pranto dessa solidão. O meu diário eu não quero mais  reler, para nunca mais sofrer.

(Denismar.. um grande amigo)

Ele: Como você está se sentindo hoje?
Ela: Bem.
Ele: Defina “bem”.
Ela: Magoada, insegura, com ciúmes, ferrada

 e decepcionada

Metade de mim agora é assim: de um lado a poesia, do outro a dúvida.

Igual a muita gente, sou uma soma. Soma de pensamentos, concepções, medos, reações... Sei que amo tudo o que me faz bem; Que definitivamente não sei disfarçar sentimentos; Que em momentos de ansiedade a cozinha vira meu cômodo predileto; Que rio muito; Que não gosto de desconfiança; Que falo muito e alto; Que o amor me faz um bem enorme; Que choro quando fico nervosa; Que não gosto de explicações; Que quando estou brava levanto a sobrancelha ; Que me dou bem com a maioria das pessoas; Que olho pra baixo quando fico sem assunto; Que quando acordo não sou eu; Que meus olhos incham a critério da rinite; Que odeio intromissões; Que na t.p.m. eu sou suportável, mas chorona; Que me desinteresso fácil; Que perdôo rápido; Que eu não tenho paciência pra passar muito tempo falando sobre a mesma coisa; Que enquanto me fizer vibrar, eu sou a mais interessada; Que sou vaidosa; Que estou no caminho certo; Que sou leitora e ouvinte de tudo o que se faz bom; Que preciso de mais determinação, pra não perder tantas oportunidades; Que sou feliz e que ainda vou ser muito mais; Que posso ser muito mais ou bem menos do que isso, só depende de mim


Marianne oliveira

Eu queria saber como é que se guarda alguém pra sempre, sem o fio que amarra os dias.



Ele nunca soube se eu voltaria: chegava sempre alvoroçada, com pressa pra consumar o amor. Quando me demorava no abraço, ele fazia eternidades daquele instante. Envolvia-me com zelo temendo qualquer movimento que o afastasse, qualquer menção de buscar a roupa espalhada. Ele o fazia cheio de delicadeza, não havia como me prender por mais que algumas horas. Buscava um brilho do meu olhar em sua direção, uma entrelinha num sorriso breve, uma malícia qualquer na piscada de olho antes da ida para o banho. Esperava meu convite, mas eu o tinha com tanta abundância que achava que não o queria. Era como se nunca fosse se ausentar porque se doava inteiro e sem pressa. Um dia ele chegou antes da hora do meu desejo cru. E ficou contemplando a minha ausência. Não me abraçou como sempre, esperou que eu me aproximasse. Disponível que estava, mas seguro da sua parte feita, esperou que eu me assustasse, que entendesse que eu poderia não voltar se eu não quisesse, que ele saberia conjugar a minha ida no pra sempre. Com alguma dor, naturalmente. Mas estava sereno, quase se despedindo, conformado. e eu me sobressaltei. Porque nunca tinha imaginado que ele pudesse ir embora. Nunca tinha imaginado a ausência do toque dele, a falta do beijo, a serenidade que cabia no desejo. Eu esperava alguma coisa mais aflita, uma paixão que gritasse pra eu ficar, um desespero, os argumentos. Mas não, ele me contemplou sem falas, sem pedidos, deixou que todo aquele tempo fosse preenchido por grossas gotas de silêncio e calma. Naquela hora, naquele meu sorriso sem jeito, naquele olhar cheio de frases, um brilho, um brilho tão forte abraçou todo ele com as minhas retinas. E eu o vi como nunca tinha visto antes. Eu o quis como se nunca o tivesse tido entre as minhas pernas. E abandonei o meu corpo no abraço dele, eternizada... Ele, que sempre esteve ali, era como se tivesse chegado só naquele instante.


Marla de Queiroz.

Desassossego

Ávida por viver, escrevo. De tão insuficiente, sou humana. Por tanto medo, amo. Em meio ao caos,
sobrevivo.
(Caixinha delicada)