quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

DESABAFO

                           

eu não vou namorar qualquer um só para calar a boca dos esdrúxulos que pensam mal a meu respeito, ou só para deixar de me sentir "avulsa" de vez em sempre.
Já me questionaram se eu sou normal ... sabe que eu tenho dúvidas!?
Demorei um pouco para perceber que estar com alguém não significa perder minha liberdade tão amada e idolatrada! O fato de me sentir "presa" me assustava.
Demorei um pouco para perder minhas inseguranças.
Agora o que me encomoda profundamente depois de tanto tempo tentando modificar meus pontos de vista, é o fato de eu "escolher" só pessoas erradas... ou que não valem a pena;
Eu não quero alguém que fique comigo por achar que é só um corpinho bonitinho.
Nem muito menos alguém que ACHA que comigo vai suprir suas necessidades fisiológicas sexuais.
Eu não preciso de um babaca do meu lado que não saiba o que quer da vida, que não tenha objetivos e atitudes de caráter.
Eu não preciso de alguém que pense só em galinhagem e academia... tudo isso vai passar um dia.
Eu não preciso do carro ou do dinheiro que ele tem e adora exibir.
Fico sozinha porque esses não servem para mim.
Porque sou suficientemente inteligente para ter alguém bacana do meu lado.
Suficientemente capaz de fazer alguém feliz e realizado.
Eu não quero pouca coisa...
Eu quero química, cumplicidade, quero boas conversas, quero "beijos intermináveis até que os olhos mudem de cor", eu quero me apaixonar para depois amar, quero ser de alguém para chamar alguém de meu. Quero reciprocidade principalmente.
Ganhei mais ou menos isso há dois anos, mas tudo o que é bom dura pouco. E a vida voltou a ser pacata...
E eu ssinto saudades dos beijos, das conversas, da companhia, da química...  , de planejar viagens de última hora  (que não deram certo)
Bom... é fácil se apegar a alguém quando se valoriza as suas qualidades e principalmente quando se percebe tantas afinidades.
Mas ando me acostumando a querer o que eu não posso ter... pelo menos até Deus achar que tem que ser assim.


(Barbara Bittencourt, adaptado)

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