sábado, 4 de dezembro de 2010

Sou fogo mesmo.

Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia".

E digo mais! Se é pra ser morno, melhor nem esquentar. Se não vai queimar, melhor nem me acender. Eu só queria poder te falar sobre o cansaço dos dias, sobre o meu medo do escuro e de dormir nessa casa sozinha... sem medir as palavras e sem correr o risco de ser mal interpretada, sabe? Eu teria vontade de conversar, de falar sobre mim, se você não estivesse distante, se você estivesse interessado, se você estivesse em mim, como estou em você. Então eu seria enfim sincera comigo, eu seria intensa como fogos de artifício, como sou, e não posso negar. É que não posso me negar, entende?

(Valdene Barros)
Quando parece que não tem mais nada de novo pra acontecer você vem e me invade e me faz acreditar que ao seu lado eu posso ser a pessoa mais feliz do mundo.
Serei sempre apego pelo que vale a pena.... E desapego pelo que não quer valer.

(Clarice Lispector)

Eu sempre acabo sozinha, no mesmo quarto, na frente do mesmo computador, ouvindo as mesmas músicas, e lembrando da mesma pessoa.





O meu fala isso o tempo todo.


( E.C)