quarta-feira, 13 de julho de 2011

“Para não sofrer eu vou me drogar de outros, eu vou me entupir de  elogios, eu vou cheirar outras intenções. Vou encher minha cara de  máscaras para não ser meu lado romântico que tanto precisa de um espaço  para existir ridiculamente. Não vou permitir ser ridícula, nem uma  lágrima sequer, nem um segundo de olhar perdido no horizonte, nem uma  nota triste no meu ouvido. Eu sei o quanto vai ser cansativo correr da  dor, o quanto vai ser falso ignorar ela sentada no meu peito. Mas vou  correr até minha última esquina. Vou burlar cada desesperada súplica do  meu coração para que eu pare e sofra um pouquinho, um pouquinho que seja  para passar. Suor frio da corrida, sempre com sorriso duro no rosto e o  medo de não ser nada daquilo que você me fez sentir que eu era. Muita  maquiagem para esconder os buracos de solidão. Muita roupa bonita para  esconder a falta de leveza e de certeza do meu caminho.”
Tati Bernardi.
“Para não sofrer eu vou me drogar de outros, eu vou me entupir de elogios, eu vou cheirar outras intenções. Vou encher minha cara de máscaras para não ser meu lado romântico que tanto precisa de um espaço para existir ridiculamente. Não vou permitir ser ridícula, nem uma lágrima sequer, nem um segundo de olhar perdido no horizonte, nem uma nota triste no meu ouvido. Eu sei o quanto vai ser cansativo correr da dor, o quanto vai ser falso ignorar ela sentada no meu peito. Mas vou correr até minha última esquina. Vou burlar cada desesperada súplica do meu coração para que eu pare e sofra um pouquinho, um pouquinho que seja para passar. Suor frio da corrida, sempre com sorriso duro no rosto e o medo de não ser nada daquilo que você me fez sentir que eu era. Muita maquiagem para esconder os buracos de solidão. Muita roupa bonita para esconder a falta de leveza e de certeza do meu caminho.”

Tati Bernardi.

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